14/12/09

Portugal é 12.º no índice das alterações

EUA em último lugar

O objectivo do índice "é aumentar a pressão política e social, nomeadamente nos países que têm esquecido até agora o seu trabalho interno no que respeita às alterações climáticas", afirma a Quercus.




Portugal é o 12.º país com melhor desempenhoalterações climáticas na avaliação do comportamento dos 57 países mais industrializados, foi anunciado na Cimeira de Copenhaga.


Portugal subiu três posições e ficou classificado em 12.º lugar no melhor desempenho quanto às alterações climáticas, num índice que incluiu os países mais industrializados do planeta.

EUA em último lugar.

O objectivo do índice "é aumentar a pressão política e social, nomeadamente nos países que têm esquecido até agora o seu trabalho interno no que respeita às alterações climáticas", afirma a Quercus.

02/12/09


Renováveis ajudam Portugal

a cumprir Quioto


Dados oficiais indicam que Portugal vai cumprir as metas de Quioto com uma derrapagem de apenas 5%, graças ao bom desempenho das renováveis e da indústria.

Segundo os números da Comissão para as Alterações Climáticas, estima-se que, no período de cumprimento do Protocolo de Quioto, entre 2008 e 2012, Portugal esteja 5 por cento acima da quantidade que lhe foi atribuída, o que equivale a emitir mais 19,91 milhões de toneladas de dióxido de carbono do que o tecto de emissões de gases com efeito de estufa estabelecido.

No entanto, a crise económica mundial e os mecanismos de flexibilidade previstos no Plano Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC) deverão permitir, segundo os especialistas, abater esta percentagem e cumprir as metas previstas: um aumento de 27% nas emissões face a 1990.

Segundo o especialista em alterações climáticas Viriato Soromenho-Marques, "Portugal vai cumprir esse objectivo não só através de medidas de redução directas, mas através de instrumentos de flexibilidade como os mecanismos de desenvolvimento limpo - permitem a colaboração entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento - e o comércio de emissões - apenas entre países do mesmo nível".

Exemplo deste último caso foi uma compra que Portugal já efectuou de direitos de emissão à Letónia.

Francisco Ferreira, da Quercus, tem a mesma opinião e acredita que o excedente de emissões vai ser abatido através do Fundo de Carbono, mecanismo que permite a Portugal adquirir créditos externos, ou seja, desenvolver projectos que reduzam as emissões num país em vias de desenvolvimento. Essa redução será abatida nas emissões de Portugal.

Os ambientalistas apresentam, contudo, algumas reservas, face ao valor estimado (5% acima da meta), que julgam só será cumprido por causa da crise.

A conferência de Copenhaga, que decorre de 7 a 18 de Dezembro, visa concluir um acordo que deve entrar em vigor antes de expirar o Protocolo de Quioto, em Janeiro de 2013, para travar de forma vinculativa as emissões de dióxido de carbono.

Chile quer ajuda de Portugal

nas energias renováveis


Bachelet reconhece a excelência de Portugal nesta área e quer levar esses conhecimentos para a América Latina.

“Portugal é um país líder nesta matéria, tanto na Europa como no Mundo. Vamos assinar um acordo entre a Comissão Nacional de Energia do Chile e a sua congénere portuguesa. O objectivo é contribuir para um uso crescente de energias renováveis”, afirmou a Presidente, que está de visita ao nosso país.

A chefe de Estado chilena diz que vai convidar, esta quarta-feira, várias empresas nacionais a olhar para o Chile e desafiar investimentos conjuntos noutras partes do mundo.

Para Cavaco Silva, que há dois anos de visita ao Chile exortou ao fortalecimento das relações económicas entre os dois países, reconheceu que ainda há muito para fazer neste capítulo.

O Presidente da República apela por isso ao reforço das relações nas áreas do Turismo, Inovação e Ciência, com programas universitários conjuntos.

José Sócrates desafia empresários a estarem atentos às oportunidades


O primeiro-ministro, José Sócrates, exortou os empresários a estarem atentos às oportunidades de desenvolvimento que vão surgir nas áreas das energias renováveis onde, apesar dos progressos dos últimos anos, ainda há muito por fazer.

"O que aí vem é, sem dúvida, um tempo de oportunidades e queria chamar-vos a atenção para isso. Na eólica, na hídrica, na solar e nos carros eléctrico as mudanças na energia são absolutamente decisivas para a mudança da nossa economia, para mais oportunidades de emprego e de requalificação e melhoria das empresas", afirmou Sócrates hoje à tarde em Sever do Vouga, após uma visita à A. Silva Matos Energia.


Megacentral fotovoltaica



O primeiro-ministro inaugurou, no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, em Loures, uma das maiores centrais fotovoltaicas em ambiente urbano, que vai produzir energia suficiente para abastecer 3000 casas.

O responsável garante que se trata da maior central fotovoltaica do mundo numa área urbana e manifestou a sua vontade de acrescentar ainda mais painéis, se possível, de forma a manter esse recorde.

"É uma obra com importância e enquadramento estético, que não choca com a paisagem", considera Ângelo Correia.

..."Não há luta contra o endividamento que não passe por uma alteração do quadro energético português", defendeu o primeiro-ministro, lembrando que "metade do endividamento diz respeito à factura energética e ao petróleo".

Para José Sócrates, "a principal aposta para a retoma da economia portuguesa é a energia", pelo que o líder do executivo promete continuar a desenvolver os sectores do vento, da água e solar.