24/04/09

Obama defende energias limpas para estimular economia e proteger ambiente.


Presidente dos EUA falou em uma "nova era de prospeção de energias"


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promoveu nesta quarta-feira, durante o Dia da Terra, seu plano energético e uma "nova era de prospeção de energias", entre elas a eólica, a fim de estimular a economia e proteger o meio ambiente.


— É hora de assentarmos uma nova base para o crescimento econômico, começando com uma nova era de prospeção energética nos Estados Unidos. Por isso, estou aqui — disse Obama na primeira viagem pós-eleitoral a Iowa, Estado no qual começou sua corrida de vitórias em direção à Casa Branca.


Ao ressaltar os desafios relacionados à criação de empregos e à mudança climática, o líder americano foi sucinto:


— A nação que liderar o mundo na criação de novas fontes de energia será a nação que liderará a economia global do século XXI.


— Os Estados Unidos podem e devem ser essa nação...mas isto não será fácil — afirmou Obama, ao lembrar que sua Administração adotou medidas "sem precedentes" para atingir uma economia que use "energia limpa", ajude a reduzir a dependência ao petróleo estrangeiro e promova a criação de "milhões" de empregos.


Como em outros discursos, Obama destacou que, embora os Estados Unidos representem menos de 5% da população mundial, são responsáveis por 25% da demanda total de petróleo.


— Este apetite tem um custo tremendo para nossa economia — disse Obama, ao destacar que a compra de petróleo, por exemplo, representa 20% do total das importações.


O presidente americano fez o discurso sobre energia renovável em Trinity Structural Towers, uma usina manufatureira de energia eólica em Newton, cidade ao leste da capital que enfrenta grandes problemas econômicos.


Após o Texas, Iowa é o segundo Estado da nação em capacidade eólica e é, com a visita de hoje, um de cinco Estados de tendência republicana que Obama visitou desde que assumiu a presidência e que seriam chave para uma eventual reeleição.


Obama afirmou hoje que esse tipo de energia poderia suprir até 20% da demanda de luz elétrica nos Estados Unidos até 2030 e criaria até 250 mil empregos "bem remunerados". Mas isso acontecerá apenas se for promovida a prospeção energética em terra e em ultramar. Obama lamentou que os Estados Unidos produzam menos de 3% da eletricidade através de fontes renováveis, abaixo dos 20% fabricados pela Dinamarca em energia eólica, e menos do que produzem Alemanha e Japão em energia solar.


— Não aceito que as coisas tenham que ser assim. No que se refere à energia renovável, não acho que devamos ser seguidores. Acho que é hora de liderarmos — disse Obama.

20/04/09

ESCOLA APOSTA NAS ENERGIAS RENOVÁVEIS


A Escola Secundária de Arganil decidiu apostar nas energias alternativas. Além de diminuir os gastos, está a formar futuros técnicos de energias renováveis. São 14 rapazes com altas perspectivas de obter emprego.


"Cerca de 80% da energia que Portugal consome é importada e não renovável. Se temos sol, mar e vento, é esta a aposta que temos de fazer!". A convicção é do professor Jorge Monteiro, coordenador do curso de Técnico de Energias Renováveis (variante solar) criado neste ano lectivo.


A ideia de tornar a escola auto-suficiente em termos energéticos, sensibilizando, ao mesmo tempo, os jovens para a importância da sustentabilidade ambiental surgiu no ano passado e logo mereceu aprovação. Optou-se pelas energias fotovoltaica e fototérmica. Esta última já está a contribuir para o emagrecimento da conta do gás.


O aquecimento da água dos balneários femininos, por exemplo, é feito mediante painéis fototérmicos, que captam a energia do sol, convertendo-a depois em energia térmica. A central de microgeração fotovoltaica é que ainda está em fase de instalação, mas deverá começar a produzir energia no prazo de um mês, de acordo com Jorge Monteiro.


O professor, licenciado em Geografia, não referiu o montante exacto do investimento, que teve a mão do Estado. Mas adiantou que, em cinco anos e meio, o sistema deverá estar pago.


"Se o Estado equipasse todas as escolas com um sistema semelhante, reduziria a sua despesa em milhões e milhões de euros", sublinha Jorge Monteiro. Não duvida de que Portugal reúne todas as condições para se autonomizar pelo uso de energias limpas e renováveis: "No fundo, temos um petróleo que não estamos a usar: o sol".


O projecto é recente, mas já tem o acolhimento da comunidade. Há quem se desloque à escola, propositadamente, para saber mais sobre auto-suficiência energética. Aliás, os alunos do curso de Técnico de Energias Renováveis estão disponíveis para analisar os consumos energéticos de uma casa e propor formas de reduzir as despesas. Gratuitamente.


Os futuros técnicos estão animados, até pela ideia de se encaixarem rapidamente no mercado de trabalho. "Os sinais dizem que têm o futuro profissional assegurado. Há empresas que, se pudessem, os empregavam a todos já hoje", assinala o coordenador do curso.


Para já, têm presença marcada numa feira, na Batalha, em inícios do próximo mês, onde darão a conhecer os seus projectos. Porque a escola também pretende fomentar o empreendedorismo.

14/04/09

RENOVÁVEIS PODEM RESOLVER PRPBLEMAS DE EMPREGO


O primeiro-ministro defendeu, na passada quinta feira, que as energias renováveis podem, a curto prazo, resolver os problemas de emprego no país.


Durante uma visita à Central Fotovoltaica de Amareleja, a maior do mundo e que está localizada no concelho alentejano de Moura, acompanhado por um grupo de estudantes de 15 países, José Sócrates garantiu que as energias renováveis são uma opção politica do Governo não só de futuro, mas também de curto prazo, avança a «TSF».


«A aposta que fizemos nas renováveis criou emprego e dinamismo económico. Nestes quatro anos, o sector da energia em Portugal é um dos sectores mais dinâmicos e mais vibrantes e, talvez, o sector que mais emprego criou», disse. José Sócrates justificou também que o Governo decidiu apostar nesta «mudança energética» em Portugal por considerar tratar-se do «motor de transformação da economia», uma vez que dá «oportunidades às empresas» e cria «oportunidades de emprego».

06/04/09

RENOVAVÉIS GERARAM 43% DA ELECTRICIDADE


Quarenta e três por cento da electricidade consumida em Portugal no ano de 2008 teve origem em energias renováveis, com o País a terminar o ano com 8151 megawatts de potência instalada renovável.


Apesar de ter sido o terceiro país da União Europeia a 15 com maior incorporação de energias renováveis, a produção de energia eléctrica a partir destas fontes sofreu uma quebra de nove por cento em relação a 2007, devido ao decréscimo registado na componente hídrica.


A produção eólica aumentou 42% em 2008, face a 2007, fiando-se a potência instalada eólica praticamente nos 2.800 MW (distribuída por 172 parques), o que levou ao cumprimento dos objectivos estabelecidos para o final do ano.


O aumento da potência instalada renovável registado no final de 2008 resultou, segundo a DGEG, do crescimento na potência eólica e fotovoltaica, tendo também incluído, pela primeira vez, a potência instalada numa central com aproveitamento da energia das ondas (do parque de ondas da Aguçadoura, ao largo da Póvoa de Varzim).


A produção de energia eléctrica a partior de FER concentra-se sobretudo o norte do País, em distritos como Viana do Castelo, Bragança, Viseu, Coimbra, Braga e Vila Real.
É também nesta zona de Portugal que se concentra a maioria da potência licenciada renovável, uma vez que é aí que se encontram as grandes hídricas e um número vasto de parques eólicos.

Investir nas renováveis para poupar no ambiente e nas contas.

Proteja o ambiente, poupe nos custos energéticos e pague menos impostos. Esta é a máxima que lhe propomos, a pensar nas energias renováveis. Acima de tudo, fique com esta ideia: poupe no ambiente. E por muito que os equipamentos de utilização das energias renováveis lhe pareçam caros, lembre-se que quando compra um fogão eléctrico não está a pensar quando vai recuperar esse investimento e está dependente do preço da electricidade que não tem parado de aumentar.
De qualquer forma, 30 por cento do custo com estes equipamentos, bem como de equipamento complementar indispensável para a sua utilização, pode ser deduzido à colecta do IRS, num máximo de 796 euros. As formas de energia renováveis que estão abrangidas por esta medida são a radiação solar directa ou difusa, a energia contida nos resíduos florestais ou agrícolas e a energia eólica.

Os contribuintes singulares apenas poderão deduzir na declaração respeitante ao ano em que os equipamentos foram comprados, mas as empresas, escolas ou condomínios que invistam em equipamento solar podem amortizar o respectivo investimento num período de quatro anos, uma vez que o valor máximo de reintegração e amortização, para efeitos de IRC, é de 25 por cento.

Em relação à utilização da energia solar, as estimativas do Governo apontam para um custo de cerca de sete mil euros em equipamentos (cinco mil para painéis fotovoltaicos e dois mil para solar térmico), recuperáveis em cinco anos, e Sócrates promete uma redução na factura energética na ordem dos 20 por cento/ano.

Com base nestes números, a Associação dos Produtores com base em Renováveis (APREN) garante que a instalação de painéis fotovoltaicos e térmicos vai permitir às famílias ganhar 800 a 1200 euros «limpos»/ano, já depois de paga a conta da luz (vai produzir mais do que o que precisa), ajudando assim a amortizar o investimento e a pagar o crédito de metade do preço do equipamento. Isto tendo em conta que o Governo comparticipa em 50 por cento a compra.
Eduardo Oliveira Fernandes, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e ex-secretário de Estado da Energia, subscreve os ganhos energéticos e os benefícios fiscais, mas sublinha que o maior ganho se verifica a nível ambiental: «Procurar energias de origem natural é a solução definitiva do futuro».