27/01/10

Vidros duplos em casa
e isolamento de telhados
passam a ser dedutíveis em IRS

O Governo faz uma forte aposta na fiscalidade ambiental e energética, em 2010, em grande parte motivada pela introdução do carro eléctrico, pelas medidas de apoio às renováveis e à eficiência energética. Entre as novas medidas, já a vigorar com o OE de 2010, estão a dedutibilidade em IRS de despesas como as de instalação de vidros duplos e isolamento de telhados. Outras, já prometidas, cumprem-se: os incentivos às empresas para a aquisição de carros eléctricos. E ainda outras, são velhas reclamações com solução neutra, como é a exclusão do IVA sobre o Imposto sobre Veículos (ISV).

22/01/10

Petróleo

continua

em queda


O barril de 'brent', a referência para as importações portuguesas, seguia a subir 0,20% para 74,73 dólares em Londres.

No mesmo sentido, o preço do barril de crude somava uns ligeiros 0,05% para 76,13 dólares em Nova Iorque.

Apesar da subida de hoje, os preços do ‘ouro negro' estão com um saldo negativo superior a 3% esta semana, a caminho da segunda queda semanal seguida.

As cotações do crude tombaram ontem 2%, a reflectir os dados revelados ontem pelo Departamento de Energia norte-americano. Foi conhecido que as petrolíferas dos EUA - o maior consumidor de energia do mundo - operaram a 78,4% da sua capacidade na semana passada, a menor taxa registada fora da época dos furacões no Atlântico desde pelo menos 1989. O relatório mostrou ainda que as reservas de petróleo na maior economia do mundo subiram para o nível mais elevado desde Março de 2008 e que o consumo de combustíveis desceu 1,8% no último mês, face ao mesmo período do ano passado.

Dicas para poupar na

factura eléctrica


1 - Trocar as lâmpadas
As velhas lâmpadas incandescentes devem ser substituídas pelas novas lâmpadas de baixo consumo energético. Se não aproveitou o programa de troca gratuita em alguns supermercados, não perca mais tempo já que este novo tipo de iluminação permite uma poupança de 154 milhões de kilovolts/hora, ou seja, 15,4 milhões de kilovolts durante o período de vida das lâmpadas, cerca de dez anos.

2 - Optar por uma tarifa bi-horária
É um tarifário alternativo que permite aos consumidores usufruírem de tarifas mais vantajosas a certas horas do dia/noite, por um período que pode chegar a 76h por semana. O preço cobrado é formado por uma componente fixa - a partir de agora idêntica para ambas as tarifas. E um custo da electricidade, no caso da tarifa simples, de 0,1211 euros/kWh e na tarifa bi-horária de 0,1233 ou 0,0663 euros/kWh, conforme seja hora de cheia/vazio. Ou seja, os utilizadores da tarifa bi-horária pagam a electricidade mais cara se utilizarem os seus electrodomésticos durante o dia e não à noite (vazio). O facto de a componente fixa ser agora igual para todos torna mais atractiva a escolha da tarifa bi-horária.

3 - Comprar electrodomésticos de classe A
Quando comprar um electrodoméstico novo não tenha em atenção apenas os preços. A melhor forma de poupar é investindo em produtos energeticamente eficientes e amigos do ambiente. Procure a tabela indicadora da classe energética e informe-se junto dos especialistas do produto. O melhor é optar por electrodomésticos da classe A.

4 - Abolir o ‘stand by'
Quando vai trabalhar de manhã ou quando está de férias não se esqueça de desligar a televisão, à semelhança de outros aparelhos, mesmo no interruptor e não no comando. É que, segundo a EDP, o consumo dos aparelhos em ‘stand by' pode representar cerca de 12% do seu consumo de electricidade. Outro cuidado a ter é retirar sempre os carregadores de telemóvel da ficha quando não estão a ser utilizados.

5 - Ar condicionado programável
Aqueles que não abdicam do ar condicionado devem optar por um programável, que permite definir as horas em que o ar condicionado deve estar ligado. O importante é saber racionalizar, por isso, quando comprar o aparelho, verifique se tem um termóstato programável. Assim, pode programar o aparelho para meia hora antes de chegar a casa. Outra solução mais económica é a tradicional ventoinha - o ar condicionado é dos aparelhos que mais electricidade gasta quando está a funcionar. Substituir os filtros regularmente (a melhoria da eficiência pode chegar aos 5%) e optar por uma temperatura média de 25ºC pode fazer toda a diferença.

20/01/10

Começou dia 15 o Conselho informal de ministros da Energia e Ambiente


Os trabalhos do conselho informal de responsáveis europeus pelas pastas da Energia e Ambiente começam hoje em Sevilha, com o plano de acção da UE para a energia 2010-2014 e a operacionalização do plano tecnológico da Energia na agenda.


O secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, que vai estar presente no conselho informal em representação do ministro da Economia, Vieira da Silva, afirmou esta quinta-feira que Portugal vai aproveitar a reunião para reforçar a importância das
interconexões de energia entre os estados-membros da União Europeia.

De acordo com o secretário de Estado, o compromisso com o plano tecnológico da energia e o forte investimento numa agenda tecnológica da energia deve ser "prioritária e central" na nova estratégia europeia para 2010/2020, da qual faz parte o plano de acção para a energia 2010-2014, que está actualmente a ser trabalhada e deverá ser aprovada durante a presidência espanhola.

14/01/10

Alterações Climáticas

As ONGs ambientalistas Greenpeace e TicTacTicTac (organização que nos Estados Unidos se chama TckTckTck) criaram outdoors que criticam a falta de acções mais concretas dos líderes mundiais contra o aquecimento global. As fotos mostram diversos líderes mundiais – Barack Obama, Lula, Sarkozi, Zapatero, etc – já velhos e com os cabelos brancos.

O texto que acompanha a fotomontagem diz Desculpem! Nós poderíamos ter impedido as alterações climáticas catastróficas … mas nada fizemos”. Tudo isso para ilustrar e chamar a atenção do mundo para a Conferência do Clima das Nações Unidas.

13/01/10

Luz Verde para Parque

Eólico na Serra do

Caldeirão em Tavira

O Governo já deu luz verde, em termos ambientais, para a concretização de um parque eólico no concelho de Tavira, com capacidade para produzir energia para mais de trinta mil pessoas, o que representa um investimento de 70 milhões de euros. Mas o promotor terá de cumprir com exigências de minimização de impactes.

Do conjunto de medidas imposta pela Declaração de Impacte Ambiental (DIA) Favorável Condicionada consta a relocalização de três aerogeradores previstos para o limite da faixa de protecção dos locais de nidificação da águia-de–Bonelli e o afastamento das linhas eléctricas dos limites da zona sensível para aquela espécie ou o seu enterramento.

É determinado ainda um programa de “recuperação das populações de coelho-bravo” na área de influência do parque, bem como “a plantação de sobreiros que, justificadamente, for necessário sacrificar para a correcta implantação do projecto”.

O Parque Eólico de Malhanito ficará localizado na freguesia do Cachopo, na serra do Caldeirão, sendo constituído por 29 aerogeradores, com 97,1 metros de altura.

Para o concelho de Tavira existe ainda o projecto de construção de um outro parque eólico, em Água de Tábuas, na freguesia de Santa Catarina, mas o processo está numa fase mais atrasada.










A Google anunciou a semana passada a criação de uma subsidiária com o nome de Google Energy. A Google Energy terá como objectivo renovar as linhas de energias renováveis e assim reduzir as emissões de carbono.

A Google consome grandes quantidades de recursos energéticos devido aos seus enormes datacenters, com a criação da Google Energy a empresa norte americana espera regatear os preços da energia a par de outros fornecedores.

02/01/10

Estado deve aumentar

incentivos à produção

de energias renováveis


Manuel Mota, director do Centro de Investigação em Engenharia Biológica da Universidade do Minho afirmou ontem que o Estado Português deve aumentar os incentivos aos consumidores que aproveitem os recursos existentes para produzir energias renováveis.

«É necessário fazer-se mais para incentivar os consumidores a utilizar, a nível doméstico, a energia fotovoltaica, através de convectores, para produzir água quente”, disse Manuel Mota, defendendo que o “Estado deve incrementar os incentivos a formas de autoprodução de energias renováveis».


Inovação com Telhas

Solares Fotovoltaicas

Permite Produzir Energia


O projecto ‘Solar Tiles’, da Universidade do Minho e da Nova de Lisboa, é apresentado como ‘inovador’ em termos de tecnologia e investigação a ‘nível mundial’, no aproveitamento da energia solar através de telhas fotovoltaicas. Em breve, poderá surgir no mercado a nova telha, produtora de energia e também esteticamente atractiva, que suscita interesse de privados.

Quem pensa nas telhas de uma qualquer casa assume que elas têm apenas o papel de proteger a casa do clima, mas um grupo de investigadores das universidades do Minho e da Nova de Lisboa está a desenvolver um projecto de construção de telhas com capacidade de produzir energia fotovoltaica. Um dia destes, todo o telhado de uma habitação será o seu principal ponto de fornecimento de energia, garantem os especialistas. Este projecto até já tem empresas interessadas e nesta altura está na fase de protótipo, como um segredo bem guardado.

A demanda energética a que temos assistido nos últimos anos tem levado à necessidade de exploração de novas fontes de energia, começa por recordar, ao DN, Vasco Teixeira, coordenador do Grupo de Revestimentos Funcionais (GRF) do Centro de Física da Universidade do Minho (CFUM). É aqui que “entra” o projecto Solar Tiles. “O mais importante e abundante recurso que nos é naturalmente oferecido é o Sol, apresentando-se como uma inesgotável, e amiga do ambiente, fonte de energia. A sua radiação pode ser convertida em energia eléctrica devido ao efeito fotovoltaico”, justifica.

Esta tecnologia, acrescenta o docente, tem sido alvo de grande interesse por ser geradora de “uma energia eléctrica amiga do ambiente e economicamente atractiva”. Tecnicamente, a produção dos equipamentos conversores baseia-se em estruturas multicamada de silício microcristalino, na forma de painéis fotovoltaicos, e “que se encontram actualmente disponíveis no mercado”.

Aqui surge o primeiro problema. Apesar da utilidade energética, coloca-se a “aparência inestética” destes equipamentos, e a maior preocupação centra-se na melhoria da sua actual forma comercial. “Para colmatar esta faceta menos harmoniosa tem vindo a criar-se um novo conceito, Building Integrated Photovoltaics, que consiste em aplicar os referidos equipamentos como elementos estruturantes dos edifícios, podendo substituir os materiais de construção convencionais.”

Ou seja, este conceito visa tornar os equipamentos geradores (painéis fotovoltaicos) em componentes de construção que “possam ser integrados de uma forma estética e harmoniosa na construção de edifícios com design contemporâneo, amigos do ambiente e energeticamente auto-sustentáveis”. Segundo Vasco Teixeira, a forma mais prática de o conseguir passa por produzir as células fotovoltaicas sobre os materiais actualmente utilizados na construção, nomeadamente os cerâmicos convencionais, usuais no revestimento das coberturas e fachadas.

Um conceito que na sua forma original até nem é nova, já que existem actualmente no mercado diversas variantes da “telha fotovoltaica”. “Contudo, estes conceitos baseiam–se em telhas planas que recorrem a tecnologia de silício cristalino e não de filme fino incorporado directamente na telha”, aponta o investigador, que sublinha que o fabrico dos revestimentos para as células solares “baseia-se em processos atomísticos em vácuo, amigos do ambiente”. Telhas “bonitas” e “energéticas”, eis o propósito final.

O projecto Solar Tiles é um dos vários em curso na Universidade do Minho, no domínio da energia. A investigação centra-se em torno dos painéis fotovoltaicos, “para tentar aumentar a sua eficiência na transformação de energia luminosa em eléctrica, utilizando materiais poliméricos”, explica a universidade. A investigação já dura há dois anos, mas o novo produto só será apresentado em 2011.

Energia Eólica produz

13% do Consumo

Energético total em Portugal

Capacidade instalada em Portugal vai crescer 65% nos próximos quatro anos, atingindo 5400 MW em 2013. Actualmente, a cada hora de energia consumida em Portugal, oito minutos já são produzidos nos diversos parques eólicos do País, que já ocupa o terceiro lugar no ranking europeu de produção de energia eólica.

A energia eólica representa hoje já 13% do total do consumo energético do País. As previsões apontam, porém, para que a potência instalada alcance um crescimento de 65% nos próximos quatro anos.

“Em cada hora de energia consumida em Portugal, oito minutos são produzidos nos diversos parques eólicos”, revela António Sá Costa, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APER), que participou em Almodôvar num debate sobre alternativas energéticas.

Segundo apurou o DN, Portugal tem actualmente uma potência instalada de 3400 megawatts (MW), que será progressivamente aumentada nos próximos anos, até atingir os 5400 MW em 2013. Números que, em termos relativos, colocam o País no topo dos países europeus na produção de energia eólica.

“No total das renováveis, que já representam 43% do nosso consumo energético, apenas temos à nossa frente a Suécia e a Áustria. No caso da eólica, estamos a lutar com a Espanha pelo segundo lugar, atrás da Dinamarca”, revela António Sá Costa.

China supera a Espanha e vira o
terceiro produtor mundial
de energia eólica

PEQUIM — A China superou a Espanha e se converteu em 2009 no terceiro país com maior capacidade instalada de energia eólica, segundo anunciou a agência oficial Nova China.

A capacidade eólica do país alcançou neste fim de ano os 20 gigawatts (GW), declarou Shi Lishan, vice-diretor do Departamento de Energias Renováveis da Administração Naciona de Energia.

Segundo a fonte, a China se situa agora na frente da Espanha, e atrás dos Estados Unidos e Alemanha.

Os Estados Unidos dispunham de uma capacidade instalada de 25,2 gigawatts no final de 2008 (20,8% da capacidade mundial), a Espanha 16,8 GW e China de 12,2 GW, segundo estatísticas oficiais chinesas.

A progressão chinesa é claramente superior à evolução mundial. em 2008, a potência instalada dobrou pelo quarto ano consecutivo.

"Em termos de amplitude e de ritmo, o desenvolvimento eólico na China não tem equivalente no mundo", enfatizou Steve Sawye, secretário-geral do Global Wind Energy Council (GWEC).

A China, o primeiro emissor mundial de gases de efeito estufa, deseja que as energias renováveis representem 15% de seu abastecimento energético até 2020, frente aos 9% do ano passado.