O aumento de novas instalações de
energia solar diminuiu substancialmente durante este ano de 2012. Mas houve
ataques fugazes aos mercados emergentes e as empresas encontraram um
crescimento sustentável sem subsídios estatais, segundo um relatório da LuxResearch.
Depois da explosão que atingiu os
66%, com uma produção de 26,5 GW em 2011, as instalações solares cresceram uns
modestos 0,4GW neste ano, elevando a produção total para 26,9 GW. Isto é,
essencialmente, resultado do excesso de oferta, causado principalmente pelos
fabricantes chineses, e da especulação dos cortes nos incentivos na Europa.
Cenário solarengo, no entanto, as
novas instalações vão crescer até 38,3 GW nos próximos cinco anos, com as
indústrias a aprender a navegar no mercado global desprovido de subsídios. Segundo
Matthew Feinstein, analista da Lux Research e autor do referido relatório, as
oportunidades mantêm-se e um sucesso acrescido é possível para todos os
intervenientes no campo das energias renováveis, mas a mudança no perfil
geográfico do mercado, combinado com a retirada forçada dos subsídios estatais,
requer estratégias cirúrgicas.
O relatório da Lux Research analisou
156 espaços geográficos, abrangendo 82% da população mundial, e calculou as
taxas internas de retorno para determinar a viabilidade e competitividade da
energia solar em cada mercado. De entre as conclusões do relatório,
sintetiza-se essencialmente a quadruplicação dos mercados emergentes, a
possibilidade do excesso de fornecimento e um crescimento de micro e
miniprodução de energia solar nos próximos anos.
O relatório da Lux Research chama-se Market Size Update 2012: The Push to a
Post-Subsidy Solar Industry (em tradução livre: “Atualização do Tamanho
do Mercado em 2012: o Empurrão para uma Industria da Energia Solar depois da
Era dos Subsídios”).
Resumindo, parece haver uma mudança
no cenário da energia solar, principalmente um desvio para os mercados
emergentes. Vislumbra-se também um crescimento sustentável, com um acréscimo
anual de instalações e de potência. Este crescimento permitirá uma cada vez
menor dependência dos combustíveis fósseis, traduzindo-se numa economia mais
limpa e num planeta mais respirável.
O Futuro parece esboçar um sorriso, e
a DAPE orgulha-se do seu especial contributo, quer no mercado nacional, quer
nos mercados emergentes, principalmente no Norte de África.
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(instalação de bomba solar, pela DAPE, em Calenga, Huambo, Angola) |