19/04/10

Igreja fala de ecologia


O cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, defendeu ontem, sexta-feira, na homilia do Dia Mundial da Paz, na paróquia de Nossa Senhora da Purificação de Oeiras, "uma profunda revolução cultural e civilizacional" para que a Humanidade reencontre a justiça e a paz.

"A Humanidade está, como nunca, perante o desafio de renovação de civilização", afirmou o cardeal patriarca. D. Policarpo dirigiu as suas palavras para os "grandes problemas" que, numa época de globalização, "são comuns a toda a família humana, como o são, por exemplo, a salvaguarda do planeta Terra, a casa onde habitamos, a construção da paz, a vitória contra a violência, a promoção da justiça, de modo particular nos sistemas económico-financeiros e sociais". E, se os problemas são globais, também as soluções terão de o ser, considerou, referindo que a opinião pública tem sido mobilizada na atenção a problemas específicos: "a crise económica, a violência crescente, a eficácia do sistema judicial, a corrupção, a luta contra a degradação do ambiente".

Também o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, usou a homilia da missa de Ano Novo para manifestar preocupação com as questões ecológicas do planeta Terra. "Num país como o nosso, mal conseguimos imaginar facilmente o que era a precariedade das vidas e o sobressalto dos dias, ainda há poucas gerações", continuou D. Manuel Clemente, que recordou "a altíssima mortalidade infantil, a pouca defesa contra qualquer infecção ou contágio e as resumidas práticas higiénicas".

D. José da Cruz Policarpo lembrou que estes problemas estão interligados, sendo causa-efeito uns dos outros. "Administrar a justiça numa sociedade em que as pessoas e as instituições não procuram ser justas é tarefa árdua e complexa", defendeu o dignitário da Igreja Católica.

Sem comentários:

Enviar um comentário